Nos seus dias, os misreus, isto é, os egípcios, elegeram para si o seu primeiro rei, chamado Puntos; reinou sessenta e oito anos sobre eles. Nos dias de Regu reinou também um rei em Sabá, Ophir e Chavila. Em Sabá reinaram sessenta das filhas de Sabá, e durante muitos anos reinaram mulheres em Sabá, até o reinado do filho de Davi, Salomão.
Sobre os filhos de Ophir reinou o rei Leforão, que construiu Ophir em pedras de ouro; pois todas as pedras de Ophir são de ouro. Sobre os filhos de Chavila reinou Chavil, construtor de Chavila. Regu morreu com a idade de duzentos e trinta e nove anos; foi enterrado por seu filho Serug, mais Nachor e Tharé, na cidade de Orgin, que ele erigira em seu nome.
Serug viveu trinta anos, e então gerou Nachor; sua vida inteira alcançou duzentos e trinta anos. Nos dias de Serug sobreveio no mundo o receio em face dos ídolos; pois nos seus dias, os homens começaram a fabricar imagens para si.
Mas a introdução dos ídolos no mundo começou porque os homens estavam espalhados por toda parte, e não possuíam nem mestres nem legisladores, nem qualquer outro que lhes mostrasse o caminho da verdade, por onde deviam caminhar. Por isso é que caíram em erros audaciosos.
Alguns deles, no seu desvio, adoravam o sol, outros a lua e as estrelas, outros a terra e os animais selvagens, os pássaros, os insetos, as árvores, as rochas, os animais marinhos, as águas e os ventos. Por essa forma, Satã cegou os seus olhos, fazendo com que errassem nas trevas do engano, por não terem esperança na Ressurreição.
Quando alguém deles morria, fabricavam uma imagem que se parecesse com ele e colocavam-na sobre a sua sepultura, para que não se desvanecesse dos seus olhos a sua lembrança. Quando o erro se havia disseminado sobre toda a terra, esta estava repleta de ídolos de toda espécie, masculinos e femininos.
Serug faleceu com a idade de duzentos e trinta anos, e foi sepultado por seu pai Nachor, Tharé e Abraão, na cidade de Saregin, que em seu nome havia construído. Nachor gerou Tharé, na idade de vinte e nove anos. Nos dias de Nachor, no seu septuagésimo ano, quando Deus viu que os homens adoravam os ídolos, aconteceu um grande terremoto. Todos cambaleavam, caíam e perdiam o juízo; mas outra coisa não fizeram a não ser aumentar a sua iniqüidade.
Nachor morreu aos cento e quarenta e sete anos de idade; foi enterrado por seu filho Tharé e por Abraão. Tharé, aos setenta e cinco anos, gerou Abraão.