Ao serem vencidas as trevas no terceiro dia, o Criador prosseguiu Sua obra, fazendo surgir os imensos continentes que ainda estavam sob a superfície das águas.
Com as mãos erguidas ordenou: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca".
Em pronta obediência, as cristalinas águas cederam sua posição superior à porção seca que se ergueu, sobrepondo-se a elas.
Nas regiões baixas da Terra, as águas continuariam refletindo o brilho celeste, sendo um refrigério para as criaturas sedentas.
Nesse gesto de humildade, as águas prefiguravam o Criador, que na grande luta desceria ao mais profundo abismo para fazer renascer nas almas sedentas a vida eterna.
Contemplando a face daquele novo mundo, o Eterno denominou a parte seca "terra", e ao ajuntamento das águas chamou "mares".
Com Sua poderosa voz prosseguiu, ordenando: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra".
Em obediência ao mando divino, a superfície sólida do planeta revestiu-se de toda sorte de vegetação: lindos prados a florir, campos verdejantes entrecortados por rios cristalinos, florestas sem fim onde árvores frondosas deixavam pender frutos saborosos de infindáveis espécies.
A Terra era como uma tela onde o Criador, pelo poder de Sua palavra, coloria quadros de beleza sem par.