Após revelar ao casal a infinita honra e responsabilidade de sua missão, o Criador conscientizou-o do conflito espiritual que se travava pela conquista do domínio universal;
Lúcifer, que por incontáveis anos serviu ao divino Rei em Sião, mas havia sido corrompido pelo orgulho e pelo egoísmo, sendo seguido por um terço das hostes racionais; buscavam agora destronar o Eterno, desonrando-O com vis acusações.
Tendo revelado ao ser humano a dolorosa situação em que o Universo se encontrava, o Eterno, num gesto solene, mostrou-lhe duas altas árvores que, carregadas de grandes frutos, se erguiam em ambas as margens do rio que nascia do trono.
A que se elevava à direita revelou o Senhor ser a árvore da vida monumento do reino da luz.
A que se erguia à outra margem revelou ser a árvore da ciência do bem e do mal - símbolo da rebeldia.
Comendo do fruto da árvore da vida, o homem manifestaria sua submissão ao Criador, que é Fonte de vida e luz.
Comer da outra árvore seria entregar ao inimigo o domínio de Sião.
O inevitável resultado desse passo seria a morte eterna, não somente para o ser humano, mas para toda a criação, que se reduziria ao caos sob a fúria da rebeldia.
Após contemplar demoradamente as duas altaneiras árvores, que externavam em seus frutos tão infinita responsabilidade, Adão prostrou-se ante o Criador, dizendo:
"Digno és Senhor de reinar sobre o Universo, pois pela Tua sabedoria, amor e poder todas as coisas foram criadas e subsistem".
O sábado, emblema do triunfo divino, encheu-se de louvor.
Todos os filhos da luz uniram-se ao ser humano no mais harmonioso cântico de exaltação Àquele cuja grandeza é sem par.