Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada.
Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz.
Deus estava para trazer à existência a primeira criatura racional.
Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado.
Adornado pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do Universo.
Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos.
Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o perfeito.
Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e contemplou a face de seu Autor.
Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar.
Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu primeiro cântico de louvor.
Das alturas de Sião descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor.
O rio da vida, ao deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das mansões angelicais.